Melhor que Ficção
- Vanessa Muniz
- 30 de jun. de 2016
- 2 min de leitura

Em “Wimbledon”, filme de 2004, Peter Colt (interpretado por Paul Bettany) é um tenista em fim de carreira, que caiu do 11.º lugar do ranking para fora do "top-100", até que conhece outra tenista, Lizzie Bradbury (Kirsten Dunst), que o motiva a tentar ganhar o torneio de Wimbledon. E... SPOILER!! Ele ganha!
Isso só acontece na ficção? Nem tanto... Na edição deste ano do torneio Wimbledon, Marcus Willis, um professor de tênis em Warwick que nunca havia disputado um torneio da Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) na carreira, confirmou que a realidade ultrapassa a ficção. Situado num remoto 772.º posto da tabela ATP, depois de um promissor 15.º lugar no ranking mundial de juniores, o britânico de 25 anos estava determinado a dedicar-se à carreira de treinador, quando a nova namorada, Jennifer Bate, o convenceu a tentar mais uma vez.
Willis decidiu a aproveitar o último lugar disponível no pré-qualifying, reservado a tenistas britânicos, venceu três encontros e ganhou um convite para o “verdadeiro” qualifying. Venceu mais três adversários e ganhou o direito a estar no quadro principal de um Grand Slam.
Dificilmente Willis, como Peter Colt no filme, teria chances de triunfar em Wimbledon, mas ele ganhou o “prémio” de defrontar o heptacampeão Roger Federer. Portanto, ontem na quadra central de Wimbledon dois jogadores saíram de um mesmo jogo como vitoriosos. Roger Federer porque ganhou a partida e Marcus Willis, porque em alguns momentos jogou de igual para igual contra um dos melhores de todos os tempos.
Ao final da partida, o público aplaudiu de pé, como sempre acontece. Mas, quando Willis levantou os braços para agradecer, ficou claro que aquilo era para ele.
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