O MASP e seu acervo em transformação

Vanessa Muniz
18 de fev. de 2016
2 min de leitura

Fundado em 1947, o MASP (Museu de Arte de São Paulo) foi idealizado pelo empresário e jornalista Assis Chateaubriand e pelo crítico de arte e jornalista Pietro Maria Bardi. Em 1968 ele se mudou de seu antigo endereço para a Avenida Paulista, em um edifício projetado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi (esposa de Pietro). O edifício em si já é uma obra de arte, famoso pelo seu vão de mais de 70 metros e quatro enormes pilares (pintados de vermelho em 1990), e virou merecidamente 'cartão postal' de São Paulo. Para ter uma idéia a inauguração do prédio contou até com a presença da Rainha Elizabeth II da Inglaterra na festa!

Seu acervo reúne pinturas, esculturas, fotografias, gravuras, peças de arqueologia, tapeçaria e outros itens de arte decorativa. Uma coleção que engloba arte de diversas épocas e lugares do mundo. Você sabia que o MASP tem a principal coleção de arte europeia do mundo fora da Europa e dos Estados Unidos? Degas, Monet, Manet, Modigliani, Van Gogh... Estão todos lá! E obras de relevante importância! Tanto, que só e possivel trazer tantas obras maravilhosas emprestadas de outros museus do mundo porque eles tambem querem as do MASP. O museu integra o “Clube dos 19”, do qual participam apenas os museus que possuem os acervos de arte europeia mais representativos do século XIX, como o Museu d`Orsay de Paris, o Metropolitan Museum de Nova York, o Art Institute of Chicago, o Museum of Fine Arts de Boston, o Van Gogh Museum de Amsterdã, a Kunstaus de Zurique, o Hermitage de St. Petersburg, a Galleria Nazionale d´Arte Moderna de Roma e a National Gallery de Londres. É mole ou quer mais?

Bom, tudo isso pra falar que parte do seu acervo agora 'flutua' no seu segundo andar! Calma, eu vou explicar. Na época em que foi transferido para o prédio atual, as obras eram expostas suspensas por suportes transparentes, concebidos por Lina Bo Bardi e batizados de cavaletes de cristal (que na verdade são de vidro), e tal inovação ganhou destaque internacional. Os cavaletes de cristal foram extintos em 1996, mas em dezembro passado os eles voltaram! Hoje fui conferir e está a coisa mais linda! Sempre fui apaixonada por várias obras do acervo deste museu, mas parece que assim elas ganharam mais vida! Você entra na sala já de cara sente o impacto, porque todas estão viradas pra você. Seu olhar logo é atraído por aquelas que você mais se identifica e ainda da maneira que estão (des)organizadas, você explora o museu do jeito que preferir. Na sua ordem, no seu gosto. A experiência foi maravilhosa. Recomendo muito a visita! Vamos prestigiar mais nossos museus! Não precisamos sair do Brasil para ver boa arte!